quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pesquisa desenvolve transistor de prótons



São Paulo - Dispositivos elétricos e eletrônicos, de uma lâmpada a um tablet, enviam informações por meio de elétrons. Por outro lado, o corpo humano e demais organismos enviam sinais e recebem impulsos para realizar tarefas por meio de íons e prótons.

Um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um transistor que usa prótons no lugar de elétrons, abrindo a possibilidade de fabricação de dispositivos que possam se comunicar diretamente com seres vivos. O estudo será publicado esta semana na revista Nature Communications.

Diversos grupos de pesquisa no mundo estudam o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, que poderá ser empregado em próteses ou em sensores biológicos, mas as pesquisas estão voltadas para a comunicação eletrônica, com partículas carregadas negativamente, e não positivamente ou neutras, como prótons e íons.

“O desafio está na interface: como fazer com que um sinal eletrônico seja traduzido em um sinal iônico e vice-versa?”, disse Marco Rolandi, professor de ciência dos materiais e engenharia da Universidade de Washington e primeiro autor do artigo.

“Nós encontramos um biomaterial que é muito bom na condução de prótons e permite o potencial de interagir com sistemas vivos”, afirmou.

No corpo humano, prótons atuam junto a espécies de interruptores – ligando ou desligando-os – que são fundamentais para a transferência biológica de energia. Íons abrem e fecham canais na membrana celular para impulsionar coisas para dentro e para fora das células.

Créditos: Gabriel Gustavo de Mora

http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/pesquisa-desenvolve-transistor-de-protons-24092011-0.shl

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